Qualquer cidadão que passear pela Praça Astolfo Lobo nesta
festa de Bom Jesus do Norte de 2015, se tiver um mínimo de senso crítico poderá
facilmente fazer duas observações com a mesma constatação, até 2012 a vida sócio/cultural
do cidadão bom-jesuense do norte era feliz e poucos sabiam, a música ao vivo no
coreto animava os quatro quiosques trazendo sempre um grande público.
Isso foi até o final de 2012, a prefeitura contratava os
músicos que também oportunizava que estes se apresentassem, e atraia o grande
público das duas Bom Jesus, a própria arrecadação da concessão dos quiosques
era suficiente para custear os artistas nas sextas-feiras, e o comércio noturno
todo se beneficiava mantendo a geração de emprego e renda alternativa para o
município.
Bastou o atual governo assumir a prefeitura para que o
retrocesso assumisse os rumos dos cidadãos e do município, o Coronel-sem-visão
descontinuou com o projeto, os artistas perderam espaço, o povo se afastou da
praça, e dos quatro quiosques que antes contava com grande movimento, somente
dois sobreviveram ao retrocesso cultural e de lazer do atual governo de Bom
Jesus do Norte.
O coreto que antes servia de palco para nossos artistas animarem as noites de sexta-feira de outrora, agora se tornou um estandarte da propaganda oficial do Coronel
Bastando circularmos em plena festa e com praça cheia, que os
dois fechados estão lá friamente representando a dura realidade em que vivem os
munícipes da “Cidade Sorriso” do sul capixaba, a Astolfo Lobo revive quatro
noites de grande público em seus espaços, porém depois de domingo a realidade
retorna com toda sua dureza.
Outra observação pertinente a constatação do retrocesso sócio/cultural
de BJN é o grande símbolo e detentor de histórias marcantes de gerações que
curtiram e viveram momentos memoráveis no saudoso Centro Cívico, que foi
interditado por este governo somente por conta de um forro de PVC que caiu em
2013, e até hoje nada foi feito para solucionar o impasse.
E para amenizar o cenário fúnebre/cultural do saudoso Centro
Cívico, por coincidência as luzes do salão de festas do mesmo estavam acesas
sem motivo algum, haja visto se o mesmo se encontra interditado é fato que não
se pode utiliza-lo para qualquer fim, e as luzes acessas talvez tinham como
objetivo em amenizar a escuridão cultural que mergulhou Bom Jesus do Norte.
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